Vito Giannotti nos deixou no dia 24 de julho deste ano.
Militante socialista e combatente pela comunicação contra-hegemônica, Vitão “deu o bolo” no III Curso de Comunicação Popular, depois de nos brindar com sua contribuição generosa e instigante nas duas primeiras edições.
Por onde passou, o imprescindível Vito ajudou a plantar e regar sementes da mais intransigente das mais intransigentes rebeldias.
A compreensão de que a luta de classes também acontece no campo da comunicação – e de que é preciso aprimorar cada vez mais nosso arsenal para o duríssimo combate ao inimigo de classe – consolidou-se em cada militante de sindicato, movimento e organização que participou de curso, seminário ou mesmo de uma conversa, que fosse, com o mestre Vito.
Convicto de que não há saída para a Humanidade que não passe pelo socialismo, o italiano desbocado, de coração brasileiríssimo, enfrentou – entre outras barras – o ódio e a violência do aparato repressivo da ditadura empresarial-militar que desgraçou nosso país a partir de 1964.
Munido da benfazeja teimosia que marca os verdadeiros combatentes, seguiu lutando, não capitulou. Seguiu abrindo, Brasil afora, senderos, trilhas, caminhos.
Perdemos a conta de quantos tijolinhos Vitão ajudou a assentar na construção do mundo com o qual sonhamos, que será fundado na felicidade como bem coletivo, na partilha, no tempo livre como verdadeira riqueza. Um desses tijolinhos é o nosso jornal Brasil de Fato, com o qual contribuía nas edições nacional e carioca.
Outro está aqui!
Vito deu apoio entusiasmado ao Curso de Comunicação Popular do paraná, que começou a brotar por inspiração no Curso Nacional do Núcleo Piratininga de Comunicação.
Camarada Vito Giannotti, perdê-lo doeu demais em todos nós. Mas, tenha certeza, como amigos e militantes da mesma causa justíssima, seguiremos firmes, mirando-nos na tua exemplar história.
Seguiremos resistindo, como os vietcongs, até a vitória final, amigo e mestre!
Camarada Vito Giannotti, presente! Presente! Presente!